A nova geração de idosos e os desafios contemporâneos. Estamos preparados?

Belém do Pará (Brasil), 30 de abril de 2014. O panorama atual do envelhecimento e as perspectivas futuras do  crescimento desta parcela da população no Brasil, bem como as fragilidades nos campos da saúde, educação, qualidade e vida, acessibilidade e demais aspectos referentes à inserção social e no mercado de trabalho, serão discutidos durante o Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia (CBGG 2014), que acontece de 29 de abril a 3 de maio, em Belém do Pará.

Em um futuro muito próximo, o Brasil não será mais um país tão jovem.  Estima-se que em seis anos haverá 32 milhões de idosos no país, o equivalente a 15% da população total, segundo o IBGE. Alinhado a este movimento de inversão da pirâmide etária observado no século XXI, o tema central do encontro é “A nova geração de idosos e os desafios contemporâneos”.

De acordo com a presidente do CBGG 2014, a geriatra paraense Nezilour Lobato Rodrigues, serão discutidas estratégias para enfrentar esta nova realidade, proveniente do “boom” de idosos. “Tratemos à reflexão os aspectos referentes ao envelhecimento populacional, que vem colocar aos governos, às famílias e à sociedade em geral, frente a questões sobre as quais não estão preparados”, avalia Nezilour, que também está à frente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), entidade  organizadora do Congresso.

Outro aspecto ponderado pela especialista refere-se ao olhar diferenciado a ser adotado ao se falar em idoso no Brasil. “Hoje não mais devemos  atrelar a velhice à doença ou a símbolos como óculos e bengalas. Temos,  na verdade, uma população idosa altamente produtiva e ativa, que atinge, em grande parte, a maior idade com qualidade de vida”, relata. Frente  a este perfil, a presidente da SBGG e do CBGG defende a necessidade de se investir mais em políticas públicas, concretas, assistencialistas e que valorizem e protejam os idosos são algumas das formas de aperfeiçoamento.

Para a SBGG o idoso deve ser visto, sobretudo, com um olhar integral, não apenas centrado em saúde, mas em educação, cultura, entretenimento,  esportes. É preciso enxergar o velho não de forma linear na idade, mas no que compete cada momento da vida, inclusive, dos centenários. Uma população de 60 até os 100 anos não pode ser cuidada da mesma forma.

Conferência Inaugural – “A nova geração de idosos e os desafios  contemporâneos”

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